Aos 16 de dezembro de 1957- esta data foi alterada nos documentos para 16/12/1956 (o meu pai dizia que o escrivão errou, mas não sei bem ao certo se o velho não andou tomando umas “biritas”), também 56 ou 57...Tanto faz, já que foi a pouquinho tempo atrás, pouco mais de 15 anos.
Eu nasci em Porto Alegre, mais especificando em Canoas e sempre com muitas problemas de saúdes não encontradas pelos médicos. Foi quando um deles mandou que meus pais saíssem de Canos por ser muito perto do Rio Guaíba (podia ser o ar úmido que fazia mal à minha saúde) e assim o fizeram. Foram morar em Gravataí para ver se eu melhorava. O que não aconteceu. O mesmo médicos, o pediatra Dr. Jerônimo khull, aconselhou meus pais a procurarem um Babalorixa, pois eu então com 07 meses não mostrava nenhuma melhora. Foi atrasvés da parteira que efetuou o parto de minha mãe a Mãe Pura Uva (Mãe de Santo e como o nome sugere era bem pretinha) que fui encaminhada ao seu irmão de Santo o Pai Vênus do Xapanã Jabateô, que residia a três quandas da casa dos meu pai. Os meu pais resistiram para fazer isto, pois apesar de serem de umbanda, tinham medo do lado Africano. Boa ao me ver desenganada pelos médicos, eu portando um doença cardíaca de nascença irreversível – fui levada pela empregada de minha mãe à casa deste senhor Vênus Luiz da Silva Correia.
Filho de Marlene do Ogum.
Neto de Mocinha de Iemanjá.
Bisneto de Joãozinho da Goméia.
Contavam os meus pais que só puderam me ver no dia seguinte, pois quando chequei à casa dele estava com 40º graus de febre e sem me alimentar.
No dia seguinte, quando minha mãe me viu quase morreu de susto. Eu estava com uma trunfa na cabeça, dormindo em uma cama no chão e tomando uma mamadeira de leite de cabrita com farinha de milho, sendo que até então eu rejeitava até o seio. Então este senhor falou para a minha mãe que eu havia nascido com espírito fujão e que para eu me criar teria que ser feita no santo, o que ele já havia começado pelo básico que seria os quatro pés para o orixá de cabeça.
Dá para imaginar o choque da minha mãe, pois a pessoa em questão era um bebê de 08 meses, mas como toda mãe, a minha disse: já que minha filha está bem, vamos fazer o que ele manda”. Ela estava com muito medo, pois tudo era muito estranho à ela, como por exemplo um monte de negros com roupas coloridas, cortando aves e cantando em outra língua – ( Yoruba ).
Algum tempo nasceu uma filha da minha irmã, que com menos de 01 ano, teve uma doença chamada, Paralisia Infantil, novamente foram ao Pai Vênus e ele com seus axés e sabedoria, curou esta criança que é a Miriam.
E assim passaram-se os anos, claro que durante estes anos, quem tinha a responsabilidade das nossas obrigações com os orixás eram nossos pais. E assim eu fiquei na mão dele por 10 anos. Criei-me na casa de santo porque com essa idade já servia os fundamentos e estava sendo preparada para ser a mãe pequena da casa. Até que a minha mãe carnal me afastou da casa de santo por uma briga entre ela e meu Pai de Santo do qual eu gostava e gosto até hoje, do qual o rosto jamais esqueci.
Fiquei afastada do santo por 01 ano mais ou menos, foi quando começou uma dor nas minhas costas que travava as minhas pernas, tomava remédios e passava, até que um dia, em um torneio de vôlei, travou minhas pernas e não conseguia caminhar. Fui levada ao médico e ele não constatou nenhuma fratura, nem infecção, nenhum motivo clinico para isso acontecer. Foi quando então minha mãe me levou à casa de um Pai de Santo que morava em Gravataí, em um bairro chamado São Geraldo, cujo nome era Abílio da Silva - filho de Ogum Onyra na cabeça.
Filho de Santo de Mãe Tucha do Xapanã.
Neto de Maria Escolástica,
Sobrinho de Joãozinho do Bará ou da Goméia.
Onde, contra a minha vontade, foi dado o Ebó de Misericórdia e logo após os fundamentos de Santo, passando a ser filha de Santo pronta da casa. Aos 16 anos recebi consagração pública (honraria para os Pais de Santo) e aos 25 recebi o Obé de Prata em cerimônia pública pelo então Presidente da Afrobrás, Sr. Lindomar Alves e o vice Sr. Geralde.
O Pai Vênus veio a falecer entre 88 e 89. Antes disso, foi vê-lo uma ou duas vezes com meus filhos de santo. Escondido do Pai Abílio, pois nunca um quis participar das festas do outro, não eram inimigos, mas não cultivavam nenhum laço de amizade, mesmo tendo a mesma raiz de santo.
Eu casei aos 16 anos, até então tinha minhas obrigações de santo junto à da minha mãe carnal e também irmã de santo, pois ela também foi feita pelo Pai Abílio. Fui morar em Gravataí, onde construí minha casa de santo. Por motivos pessoais e familiares, em 1975, viemos morar em Curitiba, onde já tinha familiar. Morei quatro anos em Curitiba, depois retornei ao Rio Grande do Sul, deixando irmã e filha de Santo pronta Mãe Lia da Oxum, minha filha de santo, mãe de Santo do Zazie de Xangô.
Hoje me encontro na cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba –PR.
Por isso é de máxima importância que os meus filhos guardem estas datas de feituras, pois tudo isso pode não ser importante agora, só que futuramente, com certeza, quando vocês já tiverem ralado bastante para apreender e, por acaso, forem afrontados por pessoas novas no Santo, ou levantem dúvidas sobre suas feituras e tempo de Santo, vocês saberão informar suas raízes de santo.
MÃE NARA DE OXUM PONDÀ.
YLÊ AXÉ EKIBÀ OXUM PONDÀ.
KOLOFÈ, MUCUIU, MUTUMBÀ.
MUITO AXÈ A TODOS.
Eu nasci em Porto Alegre, mais especificando em Canoas e sempre com muitas problemas de saúdes não encontradas pelos médicos. Foi quando um deles mandou que meus pais saíssem de Canos por ser muito perto do Rio Guaíba (podia ser o ar úmido que fazia mal à minha saúde) e assim o fizeram. Foram morar em Gravataí para ver se eu melhorava. O que não aconteceu. O mesmo médicos, o pediatra Dr. Jerônimo khull, aconselhou meus pais a procurarem um Babalorixa, pois eu então com 07 meses não mostrava nenhuma melhora. Foi atrasvés da parteira que efetuou o parto de minha mãe a Mãe Pura Uva (Mãe de Santo e como o nome sugere era bem pretinha) que fui encaminhada ao seu irmão de Santo o Pai Vênus do Xapanã Jabateô, que residia a três quandas da casa dos meu pai. Os meu pais resistiram para fazer isto, pois apesar de serem de umbanda, tinham medo do lado Africano. Boa ao me ver desenganada pelos médicos, eu portando um doença cardíaca de nascença irreversível – fui levada pela empregada de minha mãe à casa deste senhor Vênus Luiz da Silva Correia.
Filho de Marlene do Ogum.
Neto de Mocinha de Iemanjá.
Bisneto de Joãozinho da Goméia.
Contavam os meus pais que só puderam me ver no dia seguinte, pois quando chequei à casa dele estava com 40º graus de febre e sem me alimentar.
No dia seguinte, quando minha mãe me viu quase morreu de susto. Eu estava com uma trunfa na cabeça, dormindo em uma cama no chão e tomando uma mamadeira de leite de cabrita com farinha de milho, sendo que até então eu rejeitava até o seio. Então este senhor falou para a minha mãe que eu havia nascido com espírito fujão e que para eu me criar teria que ser feita no santo, o que ele já havia começado pelo básico que seria os quatro pés para o orixá de cabeça.
Dá para imaginar o choque da minha mãe, pois a pessoa em questão era um bebê de 08 meses, mas como toda mãe, a minha disse: já que minha filha está bem, vamos fazer o que ele manda”. Ela estava com muito medo, pois tudo era muito estranho à ela, como por exemplo um monte de negros com roupas coloridas, cortando aves e cantando em outra língua – ( Yoruba ).
Algum tempo nasceu uma filha da minha irmã, que com menos de 01 ano, teve uma doença chamada, Paralisia Infantil, novamente foram ao Pai Vênus e ele com seus axés e sabedoria, curou esta criança que é a Miriam.
E assim passaram-se os anos, claro que durante estes anos, quem tinha a responsabilidade das nossas obrigações com os orixás eram nossos pais. E assim eu fiquei na mão dele por 10 anos. Criei-me na casa de santo porque com essa idade já servia os fundamentos e estava sendo preparada para ser a mãe pequena da casa. Até que a minha mãe carnal me afastou da casa de santo por uma briga entre ela e meu Pai de Santo do qual eu gostava e gosto até hoje, do qual o rosto jamais esqueci.
Fiquei afastada do santo por 01 ano mais ou menos, foi quando começou uma dor nas minhas costas que travava as minhas pernas, tomava remédios e passava, até que um dia, em um torneio de vôlei, travou minhas pernas e não conseguia caminhar. Fui levada ao médico e ele não constatou nenhuma fratura, nem infecção, nenhum motivo clinico para isso acontecer. Foi quando então minha mãe me levou à casa de um Pai de Santo que morava em Gravataí, em um bairro chamado São Geraldo, cujo nome era Abílio da Silva - filho de Ogum Onyra na cabeça.
Filho de Santo de Mãe Tucha do Xapanã.
Neto de Maria Escolástica,
Sobrinho de Joãozinho do Bará ou da Goméia.
Onde, contra a minha vontade, foi dado o Ebó de Misericórdia e logo após os fundamentos de Santo, passando a ser filha de Santo pronta da casa. Aos 16 anos recebi consagração pública (honraria para os Pais de Santo) e aos 25 recebi o Obé de Prata em cerimônia pública pelo então Presidente da Afrobrás, Sr. Lindomar Alves e o vice Sr. Geralde.
O Pai Vênus veio a falecer entre 88 e 89. Antes disso, foi vê-lo uma ou duas vezes com meus filhos de santo. Escondido do Pai Abílio, pois nunca um quis participar das festas do outro, não eram inimigos, mas não cultivavam nenhum laço de amizade, mesmo tendo a mesma raiz de santo.
Eu casei aos 16 anos, até então tinha minhas obrigações de santo junto à da minha mãe carnal e também irmã de santo, pois ela também foi feita pelo Pai Abílio. Fui morar em Gravataí, onde construí minha casa de santo. Por motivos pessoais e familiares, em 1975, viemos morar em Curitiba, onde já tinha familiar. Morei quatro anos em Curitiba, depois retornei ao Rio Grande do Sul, deixando irmã e filha de Santo pronta Mãe Lia da Oxum, minha filha de santo, mãe de Santo do Zazie de Xangô.
Hoje me encontro na cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba –PR.
Por isso é de máxima importância que os meus filhos guardem estas datas de feituras, pois tudo isso pode não ser importante agora, só que futuramente, com certeza, quando vocês já tiverem ralado bastante para apreender e, por acaso, forem afrontados por pessoas novas no Santo, ou levantem dúvidas sobre suas feituras e tempo de Santo, vocês saberão informar suas raízes de santo.
MÃE NARA DE OXUM PONDÀ.
YLÊ AXÉ EKIBÀ OXUM PONDÀ.
KOLOFÈ, MUCUIU, MUTUMBÀ.
MUITO AXÈ A TODOS.
MEU DEUS, CONHECI O PAI VENUS, MORAVA NA RUA DO CLUBE VETERANOS. NA PARADA 65 DE GRAVATAI, MORO ATE HOJE EM GRAVATAI RS, A MAE TUCHA DE XAPANÃ MORAVA NA PARADA 70, NA EPOCA MEU PADRASTO ERA DE RELIGIÃO, ( IZOTILIO SANTOS) PARADA 69, MORREU NOA ANOS 70, RELATO ISSO, PORQUE JA FUI CRENTE, (DEUS É AMOR, UNIVERSAL, ADVENTISTA SETIMO DIA, E MORMOM, ) HOJE FREQUENTO A UMBANDA, E FOI ONDE ENCONTREI A PAZ ESPIRITUAL, E A FRATERNIDADE. GRANDE ABRAÇO A TODOS QUE LEREM ISSO. É COM LAGRIMAS QUE ESCREVO, ... MAS COM LAGRIMAS DE FELICIDADE E RECORDAÇÃO DESTES GRANDES NOMES.
ResponderExcluirOlá Naor, qual casa você frequenta?
ResponderExcluirBoa noite mãe Nara, poderia me deixar algum email ou contato pessoal com gostaria muito de tirar algumas dúvidas, bjjs
ResponderExcluirBoa noite mãe Nara, poderia me deixar algum email ou contato pessoal com gostaria muito de tirar algumas dúvidas, bjjs
ResponderExcluirBoa Noite! Mãe Nara
ResponderExcluirMeu filho hoje tem 10a fiz uma segurança de quartinha para ele antes de completar os 7a . Mas na época fui a umas três casas de religião e todas me disseram a mesma coisa que meu filho tinha espírito fujão. Sendo que teve uma casa que até quis colocar meu filho no chão mas eu não deixei fiquei com medo de futuramente ele não querer seguir a religião. Por fim acabei fazendo uma segurança de quartinha mas hoje o meu filho está mais rebelde do que nunca não me respeita e obedece já até chegou a fugir uma vez. Então eu clamo por SOCORROOOO...
Não sei mais oque fazer se a Sr. puder me ajudar. Desde já lhe agradeço. Sou de PORTO ALEGRE / RS
DEIXO AQUI MEU E-MAIL: fabiana.fdornelles@gmail.com
fiquei de boca aberta com esses relatos, acho super interessante esses assuntos de religiao, eu adoro apezar de nao ser de religiao , mais me sinto muito atraida
ResponderExcluirMuito obrigada mãe Nara
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